Todos os dias aparece uma notícia falsa ou distorcida na internet, seja para aplicar um golpe ou para gerar discussões políticas. A última fake news a ganhar espaço é de que o governo federal criará uma taxa ambiental veicular, cobrando um imposto sobre carros com mais de 20 anos.
A notícia falsa vem na esteira da reforma tributária e do Imposto Seletivo, também chamado de “Imposto do Pecado”, que trará uma tributação específica para produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Desta vez, a informação está circulando através de uma imagem imitando uma notícia publicada no site G1. O texto afirma que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou estudos para criar esta taxa ambiental veicular e que teria o aval do presidente Lula. O dinheiro arrecadado seria utilizado para “equilibrar os gastos públicos” e custear programas sociais como Bolsa Família e Pé de Meia, também financiando operações do Ibama e Funai.
Esta taxação seria calculada com base em 1% do valor da tabela FIPE do veículo e seria aplicada somente para carros com mais de 20 anos de uso. Esta idade para o veículo não é por acaso, por ser justamente na faixa dos automóveis que não pagam mais o IPVA no Brasil.
Por fim, a notícia falsa afirma que Haddad está tranquilo sobre a adoção da nova taxa e que Lula teria dito que a população de baixa renda está começando a entender a importância da arrecadação, por conta do retorno para os benefícios sociais.
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O texto se aproveita da existência da chamada Taxa de Preservação Ambiental, cobrada por alguns municípios para reduzir o impacto de veículos no meio ambiente de cidades turísticas. O imposto existe em locais como Bombinhas (SC), Fernando de Noronha (PE), Ilhabela (SP) e Ubatuba (SP).
Em nota, o Ministério da Fazenda desmentiu a suposta notícia, que sequer aparece no site G1. Recentemente, o ministro Haddad publicou um vídeo sobre as notícias falsas que têm sido criadas com o seu nome, como a mentira de que pessoas que movimentam mais de R$ 5.000 por mês via Pix teria que pagar um imposto.
