André Corrêa do Lago afirmou que a retirada dos Estados Unidos, do Acordo de Paris, foi um anúncio “político”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Decisões de Trump terão “impacto significativo”, diz presidente da COP30 no site CNN Brasil. Política, -agencia-cnn-, Amazônia, COP30, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) CNN Brasil
O presidente da COP30, o diplomata André Corrêa do Lago, afirmou nesta terça-feira (21) que a decisão de Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, terá “impacto significativo” na organização da Conferência no Brasil.
“Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de que um país tão importante está se desligando desse processo”, disse em entrevistas a jornalistas no Planalto.
Corrêa do Lago foi oficialmente designado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele é o atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Lula também designou, para a diretoria executiva da COP, a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Toni.
Para o presidente da COP, o anúncio de Trump foi “político”, mas ainda há canais de diálogo com os Estados Unidos, que permanece na Convenção do Clima. Ele também ressaltou que estados, cidades e empresas do país têm se envolvido no debate climático.
“É uma decisão soberana de um país, de sair de um acordo, mas isso não quer dizer que necessariamente esse acordo não possa encontrar uma forma de contornar a ausência desse país”, disse.
Empossado na segunda-feira (20), Trump assinou uma série de decretos e revogações, incluindo a saída do Acordo de Paris, um compromisso, feito em 2015, por quase 200 países, para combater as mudanças climáticas e o aquecimento global.
Trump também declarou que o Brasil e países da América Latina precisam dos Estados Unidos mais do que os EUA precisam deles.
Sobre o tema, a ministra substituta das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, afirmou que o governo brasileiro buscará trabalhar as “convergências” que tem com o governo dos Estados Unidos.
“O presidente Trump pode falar o que quiser, ele é o presidente eleito dos Estados Unidos. Nós vamos analisar cada passo das decisões que forem sendo tomadas pelo novo governo”, disse a embaixadora.
E acrescentou: “acredito que, como somos um povo que acredita em ter fé na vida, tudo vai dar certo sempre. Nós vamos trabalhar e procurar trabalhar, não as nossas divergências, mas as nossas convergências que são muitas”.
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