Advogados do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro pedem ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que identifique e puna quem vazou o documento à imprensa
Este conteúdo foi originalmente publicado em Defesa de Cid pede investigação sobre vazamento de delação no site CNN Brasil. Política, Alexandre de Moraes, Mauro Cid, STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que seja aberta uma investigação “a fim de identificar e punir” quem vazou a colaboração premiada do militar à imprensa.
“Tal vazamento ocorreu de forma criminosa, colocando em risco não só o colaborador e sua família, mas também a tranquilidade do andamento processual numa causa tão sensível e de interesse de todo o país”, justificaram os advogados em petição direcionada ao ministro Alexandre de Moraes.
O primeiro de uma série de depoimentos foi divulgado neste domingo (26) pelo jornal “O Globo”, e confirmado pela CNN.
Os advogados de Cid, César Bitencourt, Vânia Bitencourt e Jair Alves Pereira, destacam que não pretendem penalizar a imprensa, por conta do direito de informação, contudo, ressaltam que o caso “não pode ser confundido com quebra de sigilo”.
No que foi narrado à Polícia Federal, Mauro Cid cita nove dos 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo o ex-ajudante de ordens, depois da vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), três grupos estavam em torno de Bolsonaro.
O primeiro deles, de “conservadores”, teriam uma linha política. A intenção desse grupo era transformar Bolsonaro em um “grande líder da oposição”.
Alguns dos integrantes seriam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União.
Havia ainda os “moderados”, que diziam concordar com “as injustiças” do Brasil, mas não eram a favor de uma intervenção radical.
“Entendiam que nada poderia ser feito diante do resultado das eleições, qualquer coisa em outro sentido seria um golpe armado”, afirmou Cid.
Os participantes incluiriam o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, além do general Paulo Sérgio Nogueira, que era ministro da Defesa.
O terceiro grupo, segundo a delação, era composto por “radicais”, dividido em dois núcleos: um que seria a favor de ir atrás de uma suposta fraude nas urnas e outra parcela que “era a favor de um braço armado”.
No segundo grupo, estavam inclusos, de acordo com o documento, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Defesa de Cid pede investigação sobre vazamento de delação no site CNN Brasil.