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Brasil em xeque na guerra global de chips

Última atualização: 9 de fevereiro de 2025 05:30
7 meses ago
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A decisão de Washington em estabelecer controle mais rígido sobre as exportações de chips e infraestrutura de inteligência artificial não surgiu do nada. Há um pano de fundo de disputas comerciais e securitárias, em especial com a China, que motiva o governo norte-americano a intensificar o “cerco tecnológico”.

Nos últimos anos, a potência asiática tem aumentado seu investimento em pesquisa e desenvolvimento, buscando reduzir a dependência de semicondutores importados. A preocupação da Casa Branca é que a China use esse conhecimento para reforçar áreas estratégicas, incluindo setores militares e de vigilância em massa.

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No entanto, ao previamente elaborar um sistema de três camadas — no qual países aliados, como Canadá, Alemanha, Coreia do Sul e Japão, mantêm acesso integral aos chips; países sob sanção (China, Rússia e Irã, entre outros) enfrentam proibição completa; e o restante do mundo (como Brasil, México, Israel, Polônia e Índia) precisa se submeter a autorizações específicas — os Estados Unidos impactam enormemente cadeias de suprimentos e planos de expansão de diversas nações. Isso gera efeito dominó em termos de investimento, pesquisa e cooperação tecnológica.

As grandes corporações norte-americanas do setor — Nvidia, Microsoft, Amazon, Google e outras — têm mostrado ambivalência sobre as regras. Embora apoiem a primazia dos EUA na corrida pela IA, alertam para possíveis prejuízos de vendas, fuga de clientes para concorrentes não americanos e risco de inviabilizar parcerias legítimas.

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Nomes como o da Semiconductor Industry Association (SIA) e a SEMI acusaram o governo Biden de agir sem a devida consulta à indústria, sinalizando um clima de tensão também dentro dos próprios EUA.

Para o Brasil, as restrições representam um obstáculo significativo em diversos níveis. Em primeiro lugar há o problema imediato de acesso a hardware de ponta. O desenvolvimento de modelos de IA de grande porte exige GPUs capazes de lidar com bilhões de parâmetros, consumir quantidades imensas de energia computacional e executar cálculos em altíssima velocidade. Sem esses equipamentos, pesquisas de universidades federais, que investiram para a aquisição de GPUs avançadas, ficam prejudicadas.

Em segundo lugar, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, divulgado em 2021, previa ampliar a capacidade computacional do país até 2028, incentivando pesquisa acadêmica, inovação em startups e parcerias com o setor privado. Esse projeto, que incluía a construção de data centers de grande porte e a compra de supercomputadores especializados, agora se vê travado pela burocracia de licenças impostas pelos EUA.

Além disso há a pressão para que empresas de tecnologia solicitantes mantenham 75% de sua capacidade de computação em territórios considerados aliados pelos EUA e não concentrem mais de 7% de sua estrutura em países fora desse círculo. O Brasil, como “grupo intermediário”, não se encaixa na categoria privilegiada.

A dependência de tecnologia estrangeira é um problema estrutural do ecossistema de inovação brasileiro. Com a ausência de uma indústria nacional de semicondutores robusta — apesar de esforços pontuais, como o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e iniciativas governamentais anteriores —, o país tende a recorrer à importação de componentes críticos. Ao mesmo tempo, a produção de baterias, sensores e outros insumos ainda fica muito concentrada em territórios asiáticos, reforçando a vulnerabilidade brasileira diante de disputas geopolíticas.

Para tentar contornar essa limitação, fala-se em parcerias com países europeus, como Espanha e Portugal, ou ainda com parceiros no âmbito dos BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul). Contudo, essas alternativas têm riscos: um alinhamento maior com a China, por exemplo, pode azedar as relações diplomáticas com os EUA, gerando ainda mais entraves à aquisição de chips. É um jogo geopolítico delicado, no qual o Brasil se vê pressionado a escolher caminhos que podem se provar onerosos no longo prazo.

Há também o temor de que, caso o cenário político brasileiro não apresente segurança jurídica para investimentos de alto valor agregado, as multinacionais optem por instalar laboratórios e centros de pesquisa em outros países da América Latina — ou mesmo na Europa Oriental. Isso minaria a possibilidade de o Brasil tornar-se um “hub regional de IA”, ambição nutrida tanto pela comunidade científica quanto por setores do próprio governo.

Uma das consequências imediatas das novas restrições do governo Trump é que muitas empresas brasileiras podem migrar, em maior escala, para soluções de computação em nuvem oferecidas por gigantes americanas. Plataformas como AWS (Amazon Web Services), Google Cloud e Microsoft Azure já lideram o mercado global, fornecendo acesso temporário a servidores de alta performance. Isso garante a continuidade de projetos de IA, mas também cria uma dependência ainda maior de infraestruturas externas.

Para startups brasileiras, o cenário é ainda mais crítico: sem capital suficiente para investir na construção de data centers locais, é mais barato e simples contratar a nuvem das big techs. O problema é que essa abordagem mantém o conhecimento crítico e os equipamentos de ponta fora do país, retardando o surgimento de um ecossistema tecnológico 100% nacional. Além disso, qualquer mudança nas políticas de preço ou de licenciamento dessas empresas pode afetar de forma desproporcional negócios menores, que ainda engatinham no mercado de IA.

O gargalo energético brasileiro também desponta como um desafio importante. No Brasil, embora haja matriz energética relativamente limpa devido à predominância de hidrelétricas, nem todos os estados dispõem de uma rede estável e com capacidade de expansão imediata. Projetos de energia solar e eólica, que crescem, ainda não atingiram a escala necessária para comportar a demanda explosiva que viria com grandes centros de computação de IA. Some-se a isso a deficiência em linhas de transmissão, e o cenário para a construção de supercomputadores fica ainda mais desafiador.

Até o momento, a reação oficial do governo brasileiro às novas regras tem sido discreta. A expectativa é que se intensifiquem as negociações diplomáticas tanto com Washington quanto com outros potenciais parceiros. Alguns assessores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações sugerem a criação de um grupo de trabalho para mapear os riscos à soberania tecnológica, bem como as oportunidades de subsídios e créditos especiais para incentivar a instalação de fábricas de componentes em território nacional.

Ao mesmo tempo, autoridades brasileiras estudam formas de acelerar projetos de pesquisa e desenvolvimento que foquem em aplicações mais específicas de IA, como a análise de dados agropecuários, monitoramento ambiental da Amazônia e sistemas de saúde baseados em machine learning. Se o Brasil não pode competir imediatamente na construção de modelos de IA, poderia ao menos destacar-se em aplicações voltadas para seus próprios desafios e mercados. Entretanto, essas iniciativas ainda esbarram na necessidade de GPU, CPU e memória de alta performance, novamente encontrando o obstáculo do embargo tecnológico parcial.

A conjuntura atual sugere que a geopolítica dos chips e da IA é um fator central para o desenvolvimento brasileiro nas próximas décadas. A curto prazo, a tendência é de que o Brasil busque soluções paliativas: acordos de licenciamento, maior adoção de serviços em nuvem de terceiros e parcerias pontuais com instituições de pesquisa no exterior. Porém, isso não elimina a urgência de uma estratégia que busque maior autonomia.

Uma possibilidade seria a criação de um consórcio público-privado destinado à fabricação de componentes semicondutores de médio desempenho, num primeiro momento, ao mesmo tempo em que se negociam canais diplomáticos para facilitar a importação de peças mais avançadas. Outra vertente é estimular a capacitação de mão de obra em larga escala, formando engenheiros, físicos e programadores aptos a trabalhar em projetos de chips e supercomputadores. Sem recursos humanos qualificados, dificilmente o país dará passos significativos rumo a uma indústria local.

Por fim, é importante mencionar o fator político interno. Se o Brasil não apresentar estabilidade regulatória e fiscal, será ainda mais difícil atrair investimentos e parcerias de longo prazo. Grandes empresas internacionais procuram ambientes em que possam planejar construções de data centers e fábricas sem o risco de mudanças repentinas na legislação ou na política econômica. Nesse sentido, a coordenação entre municípios, estados e o governo federal é crucial para delinear um ambiente de negócios favorável.

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