Presidente dos EUA também afirmou que líderes decidiram “trabalhar juntos” e visitar ambos os países
Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump revela conversa com Putin e diz que terão negociações sobre Ucrânia no site CNN Brasil. Internacional, Donald Trump, Estados Unidos, Rússia, Rússia x Ucrânia, Ucrânia, Vladimir Putin CNN Brasil
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (12) que teve uma ligação “longa e muito produtiva” com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e que ambos decidiram trabalhar juntos e iniciar negociações sobre a guerra na Ucrânia.
“Concordamos em trabalhar juntos, muito próximos, incluindo visitar as nações um dos outro. Também concordamos em fazer com que nossas respectivas equipes iniciem negociações imediatamente, e começaremos ligando para o presidente Zelensky, da Ucrânia, para informá-lo da conversa, algo que farei agora mesmo”, comentou Trump na Truth Social.
“Ambos concordamos que queremos impedir que milhões de mortes ocorram na guerra Rússia/Ucrânia”, destacou.
As conversas serão lideradas por Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, Marco Rubio, secretário de Estado (chefe da diplomacia americana), John Ratcliffe, diretor da CIA — a agência de Inteligência dos EUA — e Michael Waltz, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.
“Acredito que este esforço levará a uma conclusão bem-sucedida, espero que em breve!”, adicionou.
Ainda segundo Trump, ambos também discutiram sobre o Oriente Médio, energia, inteligência artificial, o dólar e outros assuntos, assim como “grande benefício” que os países teriam em uma colaboração futura.
Por fim, o presidente agradeceu Putin pela libertação de Marc Fogel, professor americano que estava detido na Rússia desde 2021. Fogel foi recebido pelo republicano na Casa Branca na noite de terça-feira (11).
O Kremlin confirmou que os líderes conversaram por quase uma hora e meia por telefone e que concordaram em se encontrar.
Objetivo de reconquistar território na Ucrânia “irrealista”
Mais cedo nesta quarta-feira, Pete Hegseth, secretário de Defesa dos Estados Unidos, comentou que a tentativa de recuperar as fronteiras da Ucrânia para o que eram antes de 2014 — ou seja, antes de a Rússia invadir a Crimeia e o leste ucraniano — “é um objetivo irrealista”.
“Queremos, como vocês, uma Ucrânia soberana e próspera. Mas devemos começar reconhecendo que retornar às fronteiras pré-2014 da Ucrânia é um objetivo irrealista”, afirmou o secretário.
“Perseguir essa meta ilusória só prolongará a guerra e causará mais sofrimento”, acrescentou.
A fala de Hegseth aconteceu durante antes de uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia.
EUA rechaçam adesão da Ucrânia à Otan
Outro ponto destacado pelo secretário dos EUA é que o país também não crê que a adesão da Ucrânia à Otan, a aliança militar ocidental, seja algo realista.
“Os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à Otan seja um resultado realista de um acordo negociado”, ressaltou, alertando novamente que os EUA não enviarão tropas para o país europeu.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ressaltou no domingo (9) que qualquer plano para o fim da guerra deveria incluir garantias contra uma possível nova agressão da Rússia no futuro.
Isso poderia incluir, por exemplo, envio de soldados dos EUA e de outros países europeus para o país, algo que os aliados também se mostraram contrários.
Rússia nega trocar territórios com a Ucrânia
Na terça-feira, Zelensky afirmou que iria oferecer trocar territórios que os ucranianos controlam na região russa de Kursk por áreas ocupadas pela Rússia na Ucrânia, caso haja negociação.
“Trocaremos um território por outro”, afirmou o chefe de Estado em uma entrevista ao jornal britânico Guardian publicada nesta terça-feira (11). Ele não especificou quais regiões poderiam estar envolvidas em uma negociação do tipo.
Entretanto, nesta quarta, a Rússia declarou que nunca discutirá uma possível troca de territórios.
*com informações da Reuters e da CNN
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