By using this site, you agree to the Privacy Policy and Terms of Use.
Aceitar
RMS No Ar®RMS No Ar®RMS No Ar®
  • Início
Lendo: Judicialização da saúde e lacunas no acesso à cirurgia transexualizadora pelo SUS
Compartilhe
Notification Mostrar mais
Font ResizerAa
RMS No Ar®RMS No Ar®
Font ResizerAa
  • Notícias
  • Esporte
  • Entretenimento
  • Ciência
  • Tecnologia
  • Acesso
  • Início
Já possui uma conta? Entrar
Siga nas redes
  • Contact
  • Blog
  • Complaint
  • Advertise
© 2022 Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
RMS No Ar® > Blog > outros > Judicialização da saúde e lacunas no acesso à cirurgia transexualizadora pelo SUS
outros

Judicialização da saúde e lacunas no acesso à cirurgia transexualizadora pelo SUS

Administrador
Última atualização: 8 de dezembro de 2024 04:54
Administrador 7 meses ago
Compartilhe
Compartilhe

O direito à saúde de pessoas trans no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito ao acesso a procedimentos de redesignação de gênero pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Embora a Portaria 2.803/2013 do Ministério da Saúde e a Resolução 2.265/2019 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleçam diretrizes importantes para a realização desses procedimentos, a implementação dessas normas ainda encontra barreiras que comprometem a efetivação de direitos fundamentais, conforme preconizado pela Constituição Federal e padrões internacionais de direitos humanos. 

Contents
Com notícias da Anvisa e da ANS, o JOTA PRO Saúde entrega previsibilidade e transparência para grandes empresas do setor Inscreva-se no canal de notícias do JOTA no WhatsApp e fique por dentro das principais discussões do país!

Com notícias da Anvisa e da ANS, o JOTA PRO Saúde entrega previsibilidade e transparência para grandes empresas do setor 

A análise da situação nos Estados que não dispõem de hospitais habilitados ilustra de forma emblemática esses desafios, expondo a falta de operacionalização do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que é essencial para o acesso a serviços de saúde que assegurem a dignidade dessa população vulnerável.

A questão da transexualidade, definida pela incongruência entre a identidade de gênero e o sexo designado ao nascimento, é abordada por organismos internacionais como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que, em 2020, enfatizou a necessidade de políticas públicas eficazes voltadas para pessoas trans. Essa população enfrenta barreiras sistemáticas, que vão desde a exclusão no acesso à saúde até a dificuldade de inclusão social mais ampla. 

A CIDH destacou que os Estados membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) têm a obrigação de implementar medidas que garantam a universalidade dos direitos fundamentais dessa comunidade. No Brasil, essa diretriz é corroborada pelo direito constitucional à saúde integral, que deve ser assegurado sem discriminação, conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal.

- Advertisement -
Ad image

A implementação dessas políticas, contudo, encontra entraves práticos e legislativos. A análise da jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) revela que poucas controvérsias sobre o tema chegam ao Judiciário, indicando que as pessoas trans enfrentam dificuldades adicionais no acesso à justiça. 

Em caso emblemático de Agravo de Instrumento autuado sob o nº 0116488-17.2023.8.16.0000 – no qual o Ministério Público do Paraná (MPPR) atuou como substituto processual para garantir a realização de uma cirurgia de redesignação de gênero –, a 5ª Câmara Cível do TJPR exarou decisão evidenciando que tanto o Estado do Paraná quanto o município de Londrina não possuíam infraestrutura para realizar a cirurgia de reafirmação de gênero, nem haviam estabelecido convênios para encaminhar pacientes a estados com hospitais habilitados, violando, assim, os padrões estabelecidos pela CIDH e a legislação brasileira.

Além disso, questões econômicas e interpretações jurídicas conservadoras frequentemente comprometem a efetivação do direito à saúde de pessoas trans. Um exemplo disso é o posicionamento de alguns tribunais que classificam esses procedimentos como estéticos, negando sua cobertura por planos de saúde e desconsiderando seu impacto significativo na saúde mental e física dos indivíduos. Essa visão restritiva ignora a função curativa das cirurgias de redesignação de gênero, que são parte essencial do processo transexualizador reconhecido pelo SUS e pela ciência médica.

Os desafios enfrentados pela população trans vão além do âmbito jurídico e administrativo, evidenciando lacunas legislativas que precisam ser preenchidas para garantir a proteção integral dos direitos dessa comunidade. Embora o marco normativo brasileiro tenha avançado ao longo das décadas, como demonstrado pela liberação das cirurgias de redesignação de gênero em 1997 e pela regulamentação da Portaria nº 2.803/2013, a falta de políticas públicas eficazes e abrangentes perpetua a exclusão de pessoas trans do sistema de saúde.

Para enfrentar esses problemas, é necessário adotar uma abordagem intersetorial que envolva cooperação entre estados e municípios, além de parcerias com instituições credenciadas. A formação de convênios para o Tratamento Fora do Domicílio pode representar uma solução imediata, permitindo que pacientes trans acessem os serviços de saúde de forma digna e eficiente. Além disso, é fundamental que o Legislativo e o Executivo trabalhem juntos para criar uma legislação específica que assegure o direito à saúde dessa população, alinhando-se aos padrões internacionais de direitos humanos e eliminando interpretações restritivas ou discriminatórias.

Inscreva-se no canal de notícias do JOTA no WhatsApp e fique por dentro das principais discussões do país!

A análise do cenário atual deixa claro que a judicialização, embora necessária em muitos casos, não pode substituir a criação de políticas públicas robustas e inclusivas. A dependência do Judiciário para a garantia de direitos fundamentais evidencia as falhas do Estado em cumprir suas obrigações constitucionais. Assim, o fortalecimento do SUS e a ampliação da rede de atendimento especializado devem ser prioridades para que o direito à saúde, tão essencial para a dignidade humana, seja acessível a todos, sem discriminação.

Este artigo reflete exclusivamente a análise acadêmica e jurídica dos autores e não representa interesses de partes específicas na discussão abordada. Ele foi elaborado para promover uma reflexão sobre as barreiras enfrentadas pela população trans no acesso à saúde e para incentivar a formulação de políticas públicas mais eficazes e equitativas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa.

You Might Also Like

Festival 10 Horas de Arrocha divulga primeiras atrações e inicia vendas com promoção imperdível

Empregador Doméstico Não Pode Mais Deduzir Contribuição ao INSS no IR, Mas Deve Fornecer Informe de Rendimentos

Homem morre em acidente com caminhonete e ônibus na Bahia; arma e drogas são apreendidas

Dívidas milionárias dificultam retorno da Texaco ao Brasil, dizem fontes

Jerônimo Rodrigues destaca “legado grandioso” deixado por André Curvello na Secom

Compartilhe esse artigo
Facebook Twitter Email Print
Previous Article Veja quanto cada clube ganha de premiação por posição no Brasileirão 2024 
Next Article A cultura entre os agentes de transformação da agenda climática
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RMS No Ar®RMS No Ar®
© RMS no Ar. Todos os direitos reservados.
Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?