Detido por chutar e socar uma policial militar que tentava contê-lo após ser acionada em ocorrência de violência doméstica, o auxiliar de serviços gerais de 23 anos já responde por descumprir medida protetiva.
A agressão ocorreu dentro de um bar em Sobradinho. No local, ele tentou roubar a arma dos policiais e também xingou a equipe que foi ao local atender ao chamado de violência doméstica contra o suspeito na tarde desta quinta-feira (12/12). Na denúncia, ele estaria agredindo a companheira, que é advogada. Ela negou a violência e não formalizou queixa na delegacia.
Essa, contudo, não foi a primeira vez que ele esteve envolvido em um caso do tipo. Em julho deste ano, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o auxiliar por descumprir uma medida protetiva no âmbito da Lei Maria da Penha. O caso corre em segredo de justiça.
A defesa do suspeito nesse caso é feita pela advogada que ele supostamente teria agredido nesta quinta, antes de desferir chutes e soco no rosto da policial. O Metrópoles não vai divulgar o nome do suspeito para não identificar a vítima, que é companheira dele e retirou a queixa de violência doméstica.
Ele também teria xingado e ameaçado os policiais de “pau no cu”, “filhos da puta e “vocês vão ver”.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os militares foram acionados para um caso de violência doméstica na cidade. Ao tentar abordar o agressor, ele “partiu para cima” da equipe policial e tentou roubar a arma de um deles.
O suspeito ainda agrediu uma policial que prestava socorro à vítima. “Durante a mobilização, o homem agrediu uma policial feminina, desferindo chutes no rosto, tórax e pernas. A equipe solicitou apoio e, com a chegada de reforço, o agressor foi contido”, informou a corporação em nota.
Uma testemunha contou à polícia que o homem estava ameaçando a mulher de morte, que chutava mesas e caixas de som no estabelecimento. Ele contou também que o suspeito chamou os PMs de “vagabundos” e “comédia”.
A vítima é companheira do suspeito desde março deste ano e alega que ele faz uso de remédio controlado e que hoje misturou o medicamento com bebida, o que teria causado o “descontrole” do suspeito. À polícia, ela negou que tivesse sido vítima de violência doméstica e que ele tivesse ameaçado de matá-la.
Ela é advogada e decidiu não denunciá-lo, ou seja, não querendo representar contra ele por violência doméstica. Testemunhas, no entanto, teriam presenciado as agressões, segundo a PM.
O homem apresentava lesões e um corte no braço. Ele foi conduzido à 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Ele preferiu ficar em silêncio em depoimento.
O agressor foi autuado por resistência, desobediência e lesão corporal contra os policiais, sendo registrado o incidente na delegacia.
