Analista da CNN explica como a promessa de Trump de deportar 11 milhões de imigrantes pode impactar a economia e inflação nos Estados Unidos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Deportação em massa pode encarecer alimentos nos EUA no site CNN Brasil. CNN Money, -transcricao-de-videos-, economia, Estados Unidos, Imigrantes CNN Brasil
A promessa do presidente americano Donald Trump de deportar milhões de imigrantes nos Estados Unidos pode ter um impacto significativo na economia do país, especialmente no setor agrícola e no preço dos alimentos.
De acordo com o analista de economia da CNN Gabriel Monteiro, cerca de 42% da mão de obra contratada para o agronegócio nos Estados Unidos é composta por imigrantes ilegais, conforme dados da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Quando se consideram todos os imigrantes, incluindo os que estão legalmente no país, esse número sobe para quase 70% da força de trabalho no setor.
Impacto na produção e inflação
Monteiro alerta que a deportação em massa poderia resultar em um aumento significativo nos custos de produção, o que inevitavelmente se refletiria nos preços dos alimentos para o consumidor final.
“Com certeza os custos vão aumentar e os produtos no supermercado também vão subir, ou seja, o impacto inflacionário na veia”, afirma o analista.
A situação é particularmente crítica na Califórnia, o maior polo produtor de alimentos dos Estados Unidos, onde se concentra a maioria desses trabalhadores imigrantes ilegais.
Consequências econômicas amplas
Além do setor agrícola, outros setores da economia americana também poderiam ser afetados pela deportação em massa.
A indústria da construção civil, por exemplo, que também emprega um número significativo de imigrantes ilegais, poderia enfrentar desafios semelhantes.
Dados levantados pela Bloomberg e citados pelo analista indicam que o PIB dos Estados Unidos poderia sofrer uma queda de cerca de 8% caso a promessa de deportação em massa seja cumprida.
Isso representa um desafio significativo para a administração de Trump, que teria que equilibrar suas promessas de campanha com a realidade econômica do país.
O analista conclui que essa é “uma conta complicada e uma promessa difícil de ser cumprida”, destacando o delicado equilíbrio que o governo americano terá que manter entre suas políticas de imigração e a saúde econômica do país.
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