Vice-presidente destacou ainda que a parceria entre os dois países é vantajosa para ambos e defendeu o diálogo
Este conteúdo foi originalmente publicado em Brasil aguarda decisão dos EUA antes de reagir à taxação, diz Alckmin no site CNN Brasil. Macroeconomia, -agencia-cnn-, CNN Brasil Money, Geraldo Alckmin, taxação CNN Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda-feira (10) que o Brasil aguardará a definição dos Estados Unidos sobre a possível taxação do aço e do alumínio antes de adotar qualquer medida.
“Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito, teve cotas, então vamos aguardar. Nossa disposição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações”, disse Alckmin a jornalistas após visita à fábrica da Bionovis, em Valinhos (SP).
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que vai impor tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, o que pode afetar diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores desses produtos para o mercado norte-americano.
Alckmin pontuou que Brasil e os Estados Unidos têm uma relação comercial equilibrada. De acordo com ele, só no ano passado, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 40,2 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 40,5 bilhões.
O vice-presidente destacou ainda que a parceria entre os dois países é vantajosa para ambos e defendeu o diálogo como caminho para resolver possíveis divergências.
Questionado sobre a possibilidade de o Brasil adotar medidas de retaliação, como a taxação de produtos tecnológicos norte-americanos, Alckmin evitou antecipar qualquer decisão.
“Vamos aguardar porque nós acreditamos muito no diálogo. Isso [aumento de tarifas] já aconteceu antes, mas houve cotas, foram estabelecidas cotas. A parceria Brasil-Estados Unidos é equilibrada. É um ganha-ganha, nós exportamos para eles, eles exportam para nós, ganha a população”, afirmou”, afirmou.
Segundo apurou a CNN, o governo brasileiro já esperava a atitude do presidente americano. No primeiro mandato de Donald Trump, esses dois setores já haviam sido objeto de políticas protecionistas.
Por isso, já se esperava, em Brasília, que essa atitude voltasse em algum momento no começo de sua segunda gestão.
A avaliação preliminar de integrantes da área econômica é que a medida anunciada por Trump não foi totalmente ruim porque é unilateral, voltada a todos os fornecedores, sem estar direcionada ao aço e ao alumínio do Brasil em particular.
Mas tarifas adicionais geram preocupação às siderúrgicas brasileiras.
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