A defesa do policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido nas redes sociais como Alexandre Tchaca, se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (16) sobre sua prisão, realizada no dia 9 de abril durante a Operação Falsas Promessas. Segundo os advogados, não há provas que vinculem o agente a movimentações financeiras relacionadas ao suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro.
Em nota divulgada pela assessoria do policial e influenciador digital, a equipe jurídica afirma que a prisão preventiva se baseia apenas na suspeita de que Tchaca teria tido acesso antecipado a informações da operação e as repassado a outros investigados — conduta interpretada pelas autoridades como possível tentativa de obstrução das investigações.
A operação, conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resultou na prisão de Tchaca e de outros oito policiais militares.
A defesa sustenta que o nome de Tchaca foi citado apenas por “supostas interferências” no andamento da operação, e não por participação direta nos crimes sob investigação. “Tchaca nega qualquer envolvimento com atividades ilícitas. Sua prisão foi fundamentada exclusivamente em alegações de possível interferência na apuração, sem qualquer vínculo com o núcleo central das acusações”, diz o comunicado.
Antes mesmo da deflagração da operação, o policial já havia relatado em suas redes sociais que vinha sendo alvo de extorsão. O processo corre em segredo de Justiça. Os advogados já protocolaram um pedido de revogação da prisão preventiva, que aguarda análise do Judiciário.