Steve Witkoff também visitou a Arábia Saudita na terça-feira (28)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enviado dos EUA para Oriente Médio, Witkoff encontra Netanyahu e vai a Gaza no site CNN Brasil. Internacional, Gaza, Israel CNN Brasil
O enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, visitou Gaza nesta quarta-feira (29) e se encontrou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em meio ao cessar-fogo e a um esforço diplomático regional.
Witkoff, cuja visita a Gaza foi confirmada por um funcionário da Casa Branca, está na região para supervisionar a implementação do cessar-fogo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, espera alavancar esse acordo em um regimento regional mais amplo que incluiria a Arábia Saudita e Israel formalizando laços diplomáticos. Witkoff visitou a Arábia Saudita na terça-feira (28).
Witkoff se encontrou com Netanyahu sozinho por mais de duas horas, disse um funcionário israelense, antes de se juntarem a outros ministros.
Netanyahu há muito tempo tem laços com a capital saudita, Riad, e deve se encontrar com Trump em Washington em 4 de fevereiro, quando as negociações para a próxima fase do cessar-fogo de três estágios em Gaza devem começar formalmente.
Um porta-voz do governo israelense e o funcionário da Casa Branca se recusaram a fornecer detalhes sobre a visita de Witkoff a Gaza, que a emissora pública israelense Kan disse que incluiu uma inspeção do corredor Netzarim.
Dezenas de milhares de palestinos deslocados cruzaram a rota que corta Gaza de leste a oeste, enquanto retornavam para suas casas na parte norte do enclave.
Israel começou a sair do corredor na segunda-feira (27) e permitiu que civis retornassem para suas casas no norte como parte da primeira fase de seis semanas do cessar-fogo, que também terá 33 reféns libertados em troca de quase 2 mil prisioneiros e detidos palestinos.
Sete reféns já foram libertados desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro. Mais três, incluindo uma mulher civil e um homem idoso, bem como uma mulher soldado, serão libertados na quinta-feira (30), de acordo com o gabinete de Netanyahu.
Israel libertará 110 prisioneiros e detidos palestinos, de acordo com o Gabinete de Informação de Prisioneiros Palestinos, incluindo 30 menores e 32 prisioneiros cumprindo penas perpétuas por ataques mortais que mataram dezenas de israelenses.
Cinco cidadãos tailandeses sequestrados de Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 que desencadeou o conflito em Gaza também podem ser libertados na quinta-feira, de acordo com uma autoridade israelense. Cerca de 90 reféns permanecem atualmente em Gaza, de acordo com autoridades israelenses, 10 deles estrangeiros.
A segunda etapa do acordo, se for acertada nas negociações, visa abrir caminho para o fim da guerra com a libertação de todos os reféns e uma retirada militar israelense completa de Gaza.
Gaza está entre os territórios que os palestinos buscam para um estado independente. A Arábia Saudita condicionou laços formais com Israel à condição de estado palestino e é improvável que faça progressos nessa frente se a guerra em Gaza for retomada.
Em Riad, Witkoff também se encontrou com Hussein Al-Sheikh, um conselheiro sênior do presidente palestino Mahmoud Abbas, disse o funcionário da Casa Branca.
Trump, em seu primeiro mandato no cargo, intermediou os Acordos de Abraham em 2020 e levou Israel a normalizar os laços com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
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