Proposta de emenda à Constituição (PEC) que deve ser protocolada na Câmara reduz para 30 anos, a idade mínima para candidatos ao Senado e à Presidência da República
Este conteúdo foi originalmente publicado em Idade mínima para presidente deve ser revista? Assista a “O Grande Debate” no site CNN Brasil. Política, O Grande Debate, Presidência da República, Senado CNN Brasil
Os comentaristas Caio Coppolla e José Eduardo Cardozo discutiram, nesta segunda-feira (10), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se a idade mínima para disputar a Presidência da República e o Senado deve ser revista.
O deputado Eros Biondini (PL-MG) espera protocolar na Câmara, ainda nesta semana, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de sua autoria, que reduz, para 30 anos, a idade mínima para candidatos aos cargos. Atualmente, é necessário ter 35 anos.
A medida beneficiaria políticos jovens, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), de 28 anos, que anseia pela disputa ao Senado em 2026, e o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB-PE), de 31 anos.
Para Coppolla, a ideia é defendida apenas por quem se beneficiaria.
“Eu sou contra a redução das idades mínimas para disputa de cargos políticos, especialmente a Presidência da República, o Senado Federal e o governo dos estados. Minha visão de mundo é conservadora, portanto eu encaro com certa preocupação mudanças nas engrenagens do poder que são motivadas por mera conveniência política”, opinou.
“A ideia de que um jovem de apenas 30 anos possa se tornar senador ou até presidente é defendida essencialmente por quem se beneficiaria com a nova lei e seus potenciais aliados políticos. O próprio autor da proposta de emenda à Constituição reconhece que se inspirou no caso de um deputado de 28 anos do seu partido e do seu estado que deseja se tornar senador em 2026”, prosseguiu.
Já para Cardozo, o jovem tem que ser chamado para a política.
“Não é a idade que define, frequentemente, a experiência, a competência, o equilíbrio. Nós vemos já pessoas com uma certa idade muito desequilibradas e vemos jovens bastante equilibrados e que poderiam melhor desempenhar as funções que a outra pessoa com mais idade”, opinou.
“Eu acho que essa é uma discussão que deve ser feita com seriedade, com maturidade, olhando para o futuro. Nunca para a próxima eleição. Vamos colocar um gap de duas eleições para que eu possa fazer isso. Agora, enquanto tese, eu acho absolutamente adequada e oportuna”, finalizou.
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