Em anúncios, imagem do apresentador era usada falsamente para venda de voucher de uma rede de restaurantes
Este conteúdo foi originalmente publicado em Polícia prende golpistas que usavam deepfake de Marcos Mion na internet no site CNN Brasil. Distrito Federal, -agencia-cnn-, Deepfake, Golpe Digital, Polícia CNN Brasil
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes digitais utilizando tecnologia deepfake para dar golpes pela internet.
Segundo investigação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o grupo criminoso criava vídeos fraudulentos manipulando a imagem e voz do apresentador Marcos Mion para promover falsas promoções de uma rede de restaurantes.
Deepfake é uma técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial. Com ele, por exemplo, o rosto da pessoa que está em cena pode ser trocado pelo de outra; ou aquilo que a pessoa fala pode ser modificado.
As vítimas, ao clicar nos anúncios, eram direcionadas a sites falsos onde realizavam pagamentos por supostos vouchers de desconto, mas que nunca eram entregues.
A investigação revelou uma sofisticada estrutura criminosa que utilizava uma empresa de tecnologia como fachada para o crime. “O grupo empregava técnicas avançadas de marketing digital e engenharia social para aumentar o alcance das fraudes, incluindo anúncios patrocinados em redes sociais e sistemas automatizados para processamento dos pagamentos fraudulentos”, explica o delegado Eduardo Fabbro.
Nesta quinta-feira, três investigados foram presos e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foram apreendidos dois veículos importados, além de documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais relacionados aos crimes. Um dos autores confessou a prática dos crimes, segundo a polícia.
As investigações apontam que dezenas de vítimas foram lesadas no Distrito Federal, com prejuízos ainda em apuração.
Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, podendo chegar à pena máxima de 21 anos de reclusão. A Polícia Civil continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e demais vítimas do esquema criminoso.
Procurada pela CNN, a assessoria de Marcos Mion disse que o apresentador não tem relação com a falsa campanha e orienta o público a “desconsiderar e não compartilhar esse tipo de material”.
“Reforçamos que medidas legais já estão sendo tomadas para identificar e responsabilizar os responsáveis pela criação e divulgação desse conteúdo. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a verdade. Qualquer iniciativa ou campanha vinculada ao nome de Marcos Mion será sempre anunciada por canais oficiais e confiáveis”, finaliza.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Polícia prende golpistas que usavam deepfake de Marcos Mion na internet no site CNN Brasil.
